Quando der a próxima colherada em um iogurte, agradeça aos búlgaros. Afinal, foram eles que há séculos tiveram a excelente ideia de disseminar cepas de bactérias boas — do time das Lactobacillus bulgaricus e das Streptococcus thermophilus — no leite após sua fervura. Juntas, elas transformam a lactose, que é o açúcar natural do alimento, em ácido lático, conferindo um gosto azedo ao produto. Pronto: é a receita do iogurte. O que o povo da Bulgária não devia imaginar é que sua criação, depois de acertar em cheio no paladar de pessoas de cantos muito variados, chamaria a atenção de cientistas mundo afora.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, resolveram olhar com mais afinco para o alimento. É que, depois de avaliar dados referentes aos hábitos de vida e ao ganho de peso de mais de 120 mil indivíduos acompanhados por 20 anos, eles verificaram que o iogurte — seguido pelas oleaginosas, pelas frutas e pelos grãos integrais — era presença certa na dieta daqueles que conseguiram emagrecer.